Transcrevo aqui entrevista que concedi ao Jornal Alenquerense «NOVA VERDADE», na sua edição de 15 de Fevereiro de 2005:O candidato alenquerense da Nova DemocraciaO jovem político das Paredes, antigo líder concelhio do CDS, é o 31º da lista do partido de Manuel Monteiro por LisboaFoi presidente concelhio do CDS em Alenquer. e deputado municipal pelo mesmo partido, durante vários anos, até que, com Manuel Monteiro, saiu em rotura com a nova liderançade Paulo Portas e ajudou a fundar o Partido da Nova Democracia. Francisco Martins, de 33 anos, casado, bancário, residente nas Paredes, é já um político experimentado, vivendo nestas eleições legislativas, a sua primeira candidatura (em lugar não elegível) a deputado: é o 31º da lista da Nova Democracia pelo distrito de Lisboa. "Esta candidatura parte de um convite de Jorge Ferreira para integrar as listas da Nova Democracia, com o objectivo claro de contribuir para que, especialmente, Manuel Monteiro (1º por Lisboa), e, numa perspectiva muito optimista, Luis Chorão (3º), venham a ser eleitos", afirma ao
Nova Verdade o jovem político alenquerense que não esconde admiração por Manuel Monteiro. "Eu não me assumia como monteirista até 2001, mas, como muitos outros militantes, fui empurrado pelos incondicionais de Paulo Portas para a ruptura com o CDS/PP; apesar da concelhia de Alenquer não apoiar Paulo Portas, nunca tomamos nenhuma posição contrária à sua direcção", sustenta Francisco Martins.
Do período em que foi deputado municipal, pelo CDS, entre 1997 e 2001, o agora candidato da Nova Democracia também não guarda boas recordações do relacionamento com a direcção do seu antigo partido. "Não me apoiaram, nomeadamente ao nível de apoio jurídico que solicitei, e acabei por cumprir o mandato completamente sozinho", recorda.
O jovem político alenquerense admite que, se pertencesse a um partido com maior expressão eleitoral - nomeadamente a um dos que luta directamente pelo poder - teria facilidade em ascender a determinados cargos, mas adverte que, acima de tudo, coloca as suas convicções e que não está disposto a trocá-las por eventuais benesses. "Ainda tenho muitas causas a defender e a Nova Democracia faz parte dessa perspectiva, pois representa uma nova via, que não se enquadra na partidocracia que existe", sublinha.
Em relação às eleições autárquicas de Outubro próximo, Francisco Martins não garante que haja uma candidatura da Nova Democracia à Câmara Municipal de Alenquer. "Para já, a perspectiva é de não haver candidatura; era preciso que existisse um maior apoio das pessoas", reconhece.
Sobre o actual panorama autárquico concelhio, o candidato a deputado pela Nova Democracia é peremptório: "Com o devido respeito pelas figuras que lá estão, penso que pessoas desapegadas do poder instalado fazem lá muita falta. E é essa a consciência que o eleitorado deve ter, se quiser fazer alguma coisa por Alenquer", conclui.
António Pires Vicente